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Se você acessou o Facebook, WhatsApp ou Instagram alguns dias atrás, talvez tenha se deparado com seus amigos compartilhando versões ilustradas de si mesmos como se tivessem saído de um filme do Studio Ghibli. Essa febre das imagens criadas por inteligência artificial no estilo dos desenhos japoneses tomou conta das redes nos últimos dias​. A brincadeira começou quando o ChatGPT, aquela famosa IA que conversa por texto, melhorou com uma nova atualização sua habilidade de gerar imagens. Bastou a novidade ser liberada para virar mania: em apenas uma hora, 1 milhão de novos usuários correram para experimentar as “fotos Ghibli. Os servidores da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, ficaram sobrecarregados com tanta gente criando figuras fofas e nostálgicas ao mesmo tempo​. Mas o que esses desenhos estilizados têm a ver com a nossa vida – e com o seu negócio local aqui em Valadares? Muita coisa, ao que parece.

Vamos começar pela tal trend do Studio Ghibli, que foi a porta de entrada dessa discussão. O Studio Ghibli, para quem não conhece, é um estúdio japonês famoso por animações como “Meu Amigo Totoro” e “A Viagem de Chihiro”. De repente, fotos de gente comum, celebridades e memes foram todas redesenhadas nesse estilo artístico delicado, como se tivessem saído de um desenho do Miyazaki. Mas quem estava com lápis e pincel na mão? Nenhum artista humano – foi a inteligência artificial que fez o serviço.

Tudo começou quando uma atualização do ChatGPT melhorou o recurso de criação de imagens dentro do chat​. Antes, para fazer uma imagem, o ChatGPT usava uma ferramenta separada (o modelo DALL-E 3). Agora, com o modelo GPT-4o integrado, ele gera figuras nativamente apenas a partir de um comando de texto​ (prompt). Ou seja, você escreve “me transforme numa personagem de anime” e a IA produz a imagem. Isso caiu nas graças do público: muita gente pediu ao ChatGPT para recriar selfies e fotos de amigos em versão anime. Virou uma trend divertida. Até perfis oficiais entraram na onda – até contas de governo e prefeitos compartilharam suas caricaturas em estilo Ghibli​o. Aqui em Valadares não foi diferente: eu mesmo vi conhecidos postando avatares Ghibli, e confesso que fiz um teste com uma foto minha. O resultado ficou encantador!

O recado estava dado: a IA não serve só para texto e números, serve também para arte e marketing. Pense no potencial disso para um negócio local: uma confeitaria aqui de GV pode, em minutos, transformar a foto de um bolo em uma ilustração fofa estilo desenho animado para postar no Instagram e atrair clientes. Uma loja de roupas pode pegar a foto de um manequim e pedir um “retoque Ghibli” para criar um anúncio criativo. O alcance viral que vimos nas redes mostra como essas imagens diferenciadas chamam atenção – e atenção, hoje, é ouro para qualquer empreendimento.

Como tudo em tecnologia, as coisas evoluem num piscar de olhos. Mal nos acostumamos com o ChatGPT-4 (a versão mais avançada do chat lançada em 2023) e já temos mudança no ar. A OpenAI anunciou a aposentadoria do ChatGPT-4 na interface padrão e a chegada do sucessor, chamada de ChatGPT-4.1. Mas o que mudou de fato?

O ChatGPT-4.1 traz melhorias claras na compreensão e geração de conteúdo. Primeiro, ele foi treinado para entender contextos muito maiores. Isso quer dizer que você pode enviar textos bem longos para ele analisar ou gerar respostas mais complexas, sem ele se perder. Os desenvolvedores falam em suportar até 1 milhão de “tokens” (pedaços de texto) de contexto​, um número absurdamente alto – simplificando, seria como ler um livro inteiro e ainda lembrar de todos os detalhes para discutir depois! Na prática, o novo ChatGPT consegue ler documentos extensos (quem sabe um relatório empresarial ou um contrato completo) e te ajudar a extrair informações ou resumir.

Além disso, essa versão tem conhecimentos atualizados até meados de 2024​. Uma reclamação comum era que o ChatGPT base vinha com “memória” congelada em 2021, ou seja, não sabia de nada mais recente. Já o 4.1 chega mais antenado nos acontecimentos recentes, reduzindo aquela limitação de respostas desatualizadas. Outra melhoria importante está na capacidade de seguir instruções e resolver problemas.

Pense no ChatGPT-4.1 como um funcionário novo, mais qualificado e eficiente, que veio para substituir o antigo. Ele responde com mais assertividade, erra menos, entende melhor perguntas complicadas e até pode trabalhar com diferentes tipos de dados (texto, imagens, etc.), já que é multimodal. Para o usuário comum e para o empreendedor, isso se traduz em respostas mais úteis e confiáveis. Em resumo, a evolução é constante e rápida – o que era topo de linha ontem, hoje já tem um substituto superior. E nós, usuários, ganhamos com isso, tendo em mãos uma ferramenta cada vez mais potente.

Estamos vivendo um momento em que a tecnologia parece mágica. Fotos viram desenhos, texto vira filme, a máquina conversa com a gente como se tivesse mente própria. É uma mistura de encanto e apreensão: por um lado, pensamos “onde vamos parar com tudo isso?”; por outro, vemos portas se abrindo para facilitar tarefas do dia a dia e impulsionar a criatividade, seja pessoal ou nos negócios. Na minha opinião, o melhor a fazer é encarar essas novidades com curiosidade e mente aberta. Não é preciso entender todos os algoritmos por trás para aproveitar o que elas oferecem.

Para nós, em Governador Valadares, e especialmente para os pequenos empresários locais, essa revolução da inteligência artificial traz uma caixa de ferramentas novas. Ferramentas que podem nivelar o jogo com os grandes centros: uma padaria em GV pode fazer campanhas online tão chamativas quanto uma padaria de São Paulo, usando imagens e textos gerados por IA; um mecânico do bairro pode tirar dúvida técnica consultando o ChatGPT em segundos, algo impensável anos atrás; uma confecção pode criar estampa nova com ajuda de um desenho da máquina. Claro, sempre com aquele cuidado de revisar, ajustar e pôr o toque humano – afinal, a IA ajuda, mas não substitui nossa criatividade e bom senso completamente.

O fato é que a inteligência pode ser artificial, mas as oportunidades que ela cria são bem reais. A febre das imagens Ghibli é só um símbolo desse novo capítulo: mostra como a tecnologia pode rapidamente se infiltrar na cultura popular e no cotidiano. Hoje é um meme divertido, amanhã pode ser uma solução de negócio. Cabe a cada um de nós decidir se vamos surfar essa onda ou vê-la passar da praia. Eu, Gabriel, já pego meu smartphone e estou explorando essas novidades a tempo – e convido você a fazer o mesmo, sem medo, com espírito curioso. Afinal, a inovação não morde; ao contrário, pode ser o próximo empurrão para o crescimento do seu negócio ou, no mínimo, um assunto interessante para a roda de conversa no café da manhã. Vamos aproveitar!